sexta-feira, 18 de novembro de 2011

QUAL A MISSÃO DA IGREJA DE CRISTO?




No primeiro século da era cristã, a proclamação do evangelho e a ação social da igreja eram essenciais; esta evidente nos atos dos Apóstolos. Isto fez com que a igreja em Jerusalém caísse na graça do povo.
A missão da igreja é uma responsabilidade que vai alem da evangelização. Deus criou o homem sua imagem e semelhança, Gn. 1.26 o mesmo pecou e afastou-se de Deus, isto causou a sua morte física e espiritual Rm. 3.23 Mas Deus no seu amor infinito proveu um meio de restaurar o ser humano através do sacrifício de Cristo na cruz do calvário a sentença que era nossa Ele levou sobre si, Is.53.4-6 esta verdade deve ser levada pela igreja por todo o mundo a todo tempo, porem o ser humano sendo corpo alma e espírito possui necessidades físicas e emocionais.
A evangelização deve contemplá-lo como um todo, Tg. 2.14-17 provendo sua reconciliação com o Criador e proporcioná-lo condições necessárias para que possa sentir plena comunhão com a família de Deus.
Diante da responsabilidade que temos sobre a missão da igreja vem o questionamento: Será que esta ordem do Senhor Jesus Cristo esta sendo cumprida corretamente?  Vejo que muito esforço tem sido feito nesta questão –“no período de 16 a 25 de junho de 1974, foi realizado na cidade de Lausanne, Suíça, o congresso internacional para a Evangelização Mundial com o tema: “Que a terra ousa a voz de Deus” seu objetivo era discutir os rumos das missões cristãs mundiais no final do congresso, foi divulgado um documento O pacto de Lausanne. Composta por 15 artigos, a declaração resgata a noção de que a igreja de Cristo tem uma responsabilidade terrena e celestial a cumprir: Completar e atender a todas as necessidades do ser humano conforme o evangelho de Cristo”. 
Apesar do esforço e da boa intenção por parte de muitas lideranças, na pratica pouco se tem feito diante do grandessíssimo desafio que existe no mundo hodierno, pois são poucas as pessoas que estão comprometidas com esta causa. Na maioria, os cristãos de hoje estão preocupados com o seu próprio bem estar, olhando de longe o caos atual e colocando a responsabilidade somente nos governantes. Enquanto que a pobreza de milhões deveria chocar os cristãos. Infelizmente, o que vemos é um acostumar-se com a desgraça alheia, como se isto fosse um reflexo do juízo divino.
 A Igreja deveria sentir-se indignada diante da miséria do outro, abrindo mão da sua riqueza, optando por um estilo de vida mais simplificado e sendo mais generosa diante das necessidades do outro. Ante de péssima  administração de uma  grande maioria de nossos governantes, nós nos calamos, não cobramos, não protestamos, ficamos omissos e ausentes conformamo-nos. “É tempo de buscar um avivamento um despertar de Deus através do Espírito Santo para a obra de evangelização, através de uma  missão que seja integral (corpo alma e espírito) por parte da Igreja de Cristo, que somos nós”.
Mesmo que as condições de vida no Brasil “tenham melhorado” é muito grande a desigualdade social. Pessoas morrem nas filas de hospitais por falta de atendimento, pessoas morrem na espera por cirurgias, muitas delas agendadas ate um ano, ou mais de antecedência...
A Igreja deve usufruir da liberdade explicitada na declaração dos direitos Humanos Toda pessoa tem o direito de tomar parte na vida cultural da coletividade, de gozar das artes e de desfrutar dos benefícios resultantes do progresso intelectual e, especialmente, das descobertas científicas” Neste ponto, existe um desafio para que a Igreja denuncie as injustiças que tem assolado diversos países e consequentemente tem atingido a Igreja.
Existe uma ostentação sobre a fidelidade, a qualquer custo, lembrando-nos de que servir a Jesus com fidelidade pode trazer perseguições. Porem tem uma esperança gloriosa e viva em nossos corações, Jesus virá! Ai será o ápice daquilo que a Igreja anseia.
    O décimo quinto parágrafo do pacto de Lausanne está revestido de esperança. “Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar Seu interesse pela justiça e pela reconciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de havermos, algumas vezes, considerado a evangelização e a atividade sociais mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos as parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar, mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.


Pastor- Edemilson Martins

domingo, 13 de novembro de 2011

RESUMO DO LIVRO: O QUE É UMA IGREJA SAUDÁVEL?

O que você procura em uma igreja? O que é uma igreja ideal? Como você pode descrevê-la? Como ela difere das outras igrejas? E, o mais importante, como ela age de modo diferente, na sociedade? Essas são perguntas importantes e merecem nossa reflexão. Neste livro o autor nos mostra que muitos cristãos hoje tendem a ver seu cristianismo como um relacionamento pessoal com Deus, mediante estes questionamentos e circunstancia, ele propõe algumas respostas. Mark Dever, procura ajudar os cristãos a reconhecer as características essenciais de uma igreja saudável:
Pregação expositiva: É o tipo de pregação que, em termos simples, expõe a Palavra de Deus, explicando e aplicando o significado da passagem à vida da congregação.

Teologia bíblica: Nossas igrejas devem se interessar não somente com a maneira que ensinamos, mas também com o que ensinamos não se deve fundamentar ensinamentos em textos isolados dando a interpretação que se deseja. Temos que trazer ensinamento de uma teologia bíblica exata, ou, seja uma teologia que é bíblica. Essa é a razão de essa marca ser essencial a uma igreja saudável.

Um entendimento correto do evangelho: Uma igreja saudável é uma igreja que cada membro, novo ou velho maduro ou imaturo, une-se ao redor das maravilhosas boas novas de salvação por meio de Jesus Cristo.

Em seguida, Dever nos mostra outras marcas como: Um entendimento bíblico da conversão, da evangelização, da membresia e também disciplina bíblica na igreja, crescimento e discipulado bíblico na igreja e liderança bíblica na igreja. O autor nos convida a desenvolver essas características em nossas igrejas. Por seguir os exemplos dos autores do Novo Testamento e dirigir-se aos membros da igreja, desde o pastor aos membros regulares. Dever desafia todos os crentes a fazerem sua parte no cuidado da igreja local.

O que é uma igreja saudável? O autor oferece verdades atemporais e princípios práticos para ajudar-nos a cumprir nosso papel, dado por Deus, no corpo de Cristo. Ele nos leva a entender que uma igreja saudável não cresce só em numero de membros, ela tem um crescimento muito mais amplo, ela reflete crescentemente o caráter de Deus, conforme ele é revelado em sua palavra. Os sermões talvez sejam demorados. As expectativas, elevadas. As conversar sobre o pecado pode parecer exageradas para muitos.

No entanto o segredo é refletirmos o caráter de Deus crescentemente. Assim veremos que em muitas áreas individual ou coletiva das nossas vidas não refletimos o caráter de Deus – há manchas no espelho que precisam ser polidas, curvas no vidro que precisam se aplanadas. Isso exige esforço. Para Dever uma igreja saudável conhece a alegria – A alegria da mudança autentica comunhão significativa e da verdadeira unidade centrada na adoração comum. Ela conhece a alegria do amor semelhante ao de Cristo dado e recebido. E o que é mais admirável, ela conhece a alegria de “refletir a gloria de Deus” e de ser transformada à imagem Dele, em gloria sempre Crescente. 

Pastor: Edemilson Martins

RESPONSABILIDADE SOCIAL DA IGREJA

A relação entre a igreja e os diferentes grupos da comunidade, é uma relação mais de assistencialismo e preocupação social apenas! Esta relação poderá ser mudada a partir do momento em que nós “igreja de Cristo” começar a praticar a ação social (assistir as vitimas de problemas sociais...), ver o ser humano como um todo alma, corpo e espírito.
 Precisamos também nos voltar à ação social (corrigir responsavelmente as estruturas e processos políticos da sociedade).
Jesus disse que o cristão deve ser o sal da terra, só podemos ser se praticarmos boas obras, a fé e as obras têm que atuar juntas, quando o cristão não age desta maneira ele perde sua salinidade.
Os desafios internos que temos hoje são de nós conscientizarmos e da mesma forma como lideres conscientizar nossa comunidade de que não devemos apenas estar preocupados e orando pelos problemas sociais.
Não permitir o fanatismo religioso, que leva o cristão a valorizar somente o espiritual, esquecendo e ignorando as outras áreas da vida. Precisamos sai da “religiosidade secularizada” e voltar a ter influencia nos setores da sociedade e da cultura, voltar a influenciar a vida comum. 
Os desafios externos são inúmeros, estamos diante de problema como: abandono de menores, prostituição “também” infantil, o crescente consumo de drogas entre crianças e adolescentes, até mesmo nas escolas. Para desenvolvermos uma mentalidade social responsável, não podemos viver preocupados apenas com nossos próprios problemas.          



 Pastor: Edemilson Martins

FUNÇÕES DE LIDERANÇA NA IGREJA PRIMITIVA

Efésios 4:11-14 na versão de Almeida: “E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do Corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é o cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado, pelo auxílio de toda a junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.”
Os cinco dons de liderança descritos por Paulo são: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, e estão assim dispostos no texto original, sob a ótica de uma análise analítica textual:
apostolouV  =  apóstolos > substantivo, acusativo, masculino, plural > significado de enviar, para uma missão divina. O caso acusativo expressa a idéia de extensão, quer de pensamento ou de uma idéia. Por analogia, a palavra apostellw  (apostéllo = apóstolo), de mesma raiz, é um verbo (ação), com significado de enviar ou despachar, onde todos os cristãos são de certa forma enviados, mas neste contexto de Efésios 4, a palavra no grego se apresenta como um substantivo, o que denota uma particularidade mais específica. Paulo está se referindo a apóstolos no sentido de discípulos e testemunhas oculares da ressurreição, como fundamentos da igreja, que é o que aparentemente se apresenta neste contexto, devemos então concordar que em nossos dias não há mais esta figura na igreja (com base neste texto de Efésios 4), como tem sido adotado em algumas congregações.    
profetaV = profetas > substantivo, acusativo, masculino, plural > significando profetas e mais genericamente, alguém que proclama uma mensagem divina.
euaggelistaV = evangelistas > substantivo, acusativo, masculino, plural > pregador do evangelho, aquele que anuncia as boas novas.
poimenaV = poimênico = pastor > substantivo, acusativo, masculino, plural > pároco de uma comunidade organizada.
didaskalouV = mestre = professor > substantivo, acusativo, masculino, plural > termo generalizado usado para denominar o professor de uma comunidade cristã.
Observamos que analiticamente, as palavras possuem a mesma classificação morfológica no contexto analisado.
Importante se analisar em paralelo, o texto de 1Cor.12:28, onde Paulo parece estabelecer também uma ordem de importância, ou de instituição, sendo apóstolos em primeiro, profetas em segundo, mestres em terceiro, e na seqüência outros dons espirituais. Em 1Corintios 12:28, o texto na tradução de Almeida se apresenta assim: “A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas...” .
A palavra no texto original grego que grifamos anteriormente se apresenta como: prwton (apostolouV) > primeiramente (apóstolos) = pronome, ordinal, acusativo, neutro, que poderia ser traduzido também para “mais importante” “em primeiro lugar” “para começar”, como em Mt.6:33; At.3:26 e outras, onde a palavra é a mesma.

O que queremos salientar é que Paulo parece indicar que se refere aos apóstolos como sendo os primeiros escolhidos, por isso a sua hierarquia em destaque e que nos parece claro, em vista das análises textuais anteriores que se trata de uma função já extinta, uma vez que se referia especificamente aos discípulos escolhidos para início de seu ministério. Paulo não constituía “apóstolos” nas funções de lideranças nas comunidades cristãs, mas constituía “bispos”, “presbíteros”, “diáconos”.
Autor do Texto profº: HÉLIO ALEXIUS